sábado, 27 de setembro de 2008

Verdade Objetiva x Verdade Subjetiva

Aproveitando o embalo sobre subjetividade e objetividade, resolvi escrever mais uma vez sobre o tema, antes da segunda parte do artigo sobre Realidade Objetiva e Subjetiva.Trato, agora, do tema 'verdade', tema este que tem sido motivo de discussões infindáveis ao longo dos séculos.Meu foco principal é argumentar que, diferente do que algumas correntes filosóficas postulam, nem todas as verdades existentes e nem todas que ainda irão vir a existir são totalmente subjetivas, não existindo, portanto, qualquer verdade objetiva.

A argumentação é bem simples, e serei bem conciso.No artigo anterior, a primeira parte, argumentei que a existência de uma realidade objetiva é algo necessário para que possam existir estruturas subjetivas.Não vou me alongar nesse tema, já que o tudo que havia para ter falado, já foi dito no supracitado artigo.
Conceituo verdade como um fato irrefutável derivado de uma estrutura qualquer (em se tratando de realidade).A gravidade, por exemplo, um fato, é uma verdade dentro da estrutura que está imersa, no caso, o Universo.Ela é irrefutável pois, dentro de suas especificações, sempre acontece e todos os seres e coisas estão sujeitos a essa verdade, aceitando ela ou não, acreditando nela ou não.Portanto, a gravidade é uma verdade física do nosso Universo.Porém, a gravidade pode ser questionada.Para mim, ela é atuante, já que estou preso na Terra, e percebo isso.Mas imagine um louco internado no hospício.Suponhamos que em sua cabeça, ele formule uma realidade onde não existe gravidade, e que ele voa livremente por aí.Quem estará certo, eu ou o louco? Qual será a realidade válida, eu ou a da pobre lunático? Eu direi que é a minha, ele dirá que é a dele.É difícil decidir, filosoficamente é uma questão pertinente, que chega a incomodar, se entendida sua profundidade.Sendo assim, a gravidade deixa de ser uma verdade objetiva e passa a ser simplesmente mais uma verdade subjetiva? Não sei, e esse não é o ponto onde quero chegar (discutir quais verdades são objetivas e quais são subjetivas).Apenas dei uma introdução, para poder chegar no ponto principal.

Como garanti a existência de uma realidade objetiva, irrefutável, necessária para que existam estruturas subjetivas, então existem verdades derivadas dessa realidade objetiva.Existem pares de causa-efeito pertencentes a essa realidade que são obrigatoriamente absolutos, ou então essa realidade objetiva seria apenas mais uma entre tantas outras subjetivas possíveis.Se é apenas uma outra realidade subjetiva, então devemos ir um nível acima e descobrir outra realidade potencialmente objetiva, com seus pares, portanto, de verdade absoluta.

Uma analogia, para ser mais claro... No exemplo anterior, não posso afirmar se a gravidade é uma verdade absoluta, pois ela parece atuante para mim, mas não para o pobre lunático no hospício.Como não tenho meios de definir qual realidade é objetiva, posso considerar que ambas sejam subjetivas.Ainda que ambas sejam subjetivas, haverá uma realidade objetiva pode detrás de nossas duas realidades subjetivas, e dentro dessa realidade subjetiva, poderá haver um fato derivado dela, no caso, uma 'gravidade' objetiva, atuante, absoluta.Essa 'gravidade' deverá ser irrefutável, pois é intrínseca a estrutura, esta, objetiva, portanto, irrefutável também.

Apesar da existência dessas verdades objetivas pertencentes a uma realidade objetiva estar garantida, não podemos precisar duas coisas : primeiro, quais verdades são objetivas, absolutas (isso é devido ao fato de não podemos definir se uma realidade é objetiva ou não) e segundo, quantas realidades subjetivas existem, nem qual é a última realidade, a objetiva.Isso parece ser impossível pois sempre podremos postular que existe um nível de realidade acima do nosso.A realidade do louco, do exemplo, seria a realidade subjetiva primeira.A realidade dele está imersa dentro da minha realidade, que poderia ser a realidade subjetiva segunda, ou a realidade objetiva única.Como posso provar que minha realidade não é apenas uma outra subjetiva, como a do louca, havendo uma realidade objetiva única acima da minha, ou uma outra realidade subjetiva terceira?

Esse, entretanto, não é o foco da discussão também.Apenas quis demonstrar que a existência de verdades objetivas é algo garantido, devido a garantia que temos da existência de realidades objetivas.Uma realidade demanda uma estrutura, uma estrutura demanda fatos que compõe ela própria.Estes fatos, por definição, compõe um conjunto de verdades, pertencentes a essa estrutura.Chamamos esses conjuntos de verdades.Como essa realidade objetiva garantida é a realidade final, única, e ela é tudo o que existe, então esses fatos estão acima de qualquer subjetivação, sendo, portanto, puramente objetivos.

Concluo, portanto, que verdades absolutas necessitam existir, embora sejamos incapazes, pelo menos por enquanto, de definir quais são elas, como são ou quantas são.Esse artigo, de quebra, também responde a um artigo antigo que postei aqui.

7 comentários:

Thiago disse...

NIILISMO. Um dos primeiros filósofos, se não o primeiro, a usar o termo "niilismo" foi William Hamilton. No tomo I de suas "Lectures on Metaphysics", Hamilton considerou que o niilismo (de "nihil", 'nada') é a negação da realidade substancial. Segundo Hamilton, Hume era um niilista; quando se nega que haja uma realidade substancial, ou que haja em realidade - ou "na realidade" - substâncias, só cabe sustentar que se conhecem fenômenos. Desse ponto de vista, o niilismo é idêntico ao fenomenismo.

O niilismo de que falava Hamilton cedo recebeu o nome de "niilismo epistemológico", distinto de outros tipos de niilismo, como o niilismo moral (a negação de que existam princípios morais válidos) e o niilismo metafísico (a pura e simples negação da "realidade"). Mas muitas vezes se equipararam o niilismo epistemológico e o metafísico. O citado Hamilton se referia já a Górgias, segundo o qual nada existe - e, se existisse, seria incognoscível e, se fosse cognoscível, seria inexprimível, inefável ou incomunicável. Também foram feitas referências a Pirro a propósito do niilismo; de modo geral, niilismo e ceticismo, particularmente o ceticismo radical, foram inúmeras vezes examinados conjuntamente como dois aspectos de um "negacionismo" ou "nadismo" universal. Como o ceticismo se manifestou muitas vezes como dúvida sobre a existência de alguma coisa permanente no movimento e na mudança, entendeu-se o niilismo como a afirmação de que tudo muda continuamente e, mais do que isso, de que tudo varia de acordo com o sujeito.

O niilismo às vezes foi expresso na forma de uma "visão de mundo". Esta pode ser a visão de mundo dos que adotam um pessimismo radical ou a dos que adotam um ponto de vista totalmente "aniquilacionista". Nesse último sentido exprimiu-se o niilismo de Mefistófeles no "Fausto" de Goethe, quando ele disse:

Ich bin der Geist, der stets verneint!
Und das mit Recht; denn alles, was entsteht
Ist wert, dass es zugrund geht;
Drum besser wär's, dass nichts entstünde.

(Sou o espírito do sempre negar!
E com razão; pois tudo o que vem a se plasmar
Serve somente para um dia acabar;
Logo, melhor seria nada a vir a se formar.)

O último verso pode relacionar-se com manifestações como as dos célebres versos que Calderón põe na boca de Sigismundo em "A vida é sonho"

Pues el delito mayor
del hombre es haber nacido

(Pois o delito maior
do homem é ter nascido)

e com manifestações semelhantes de poetas que remontam (no Ocidente) a Teognis, mas é preciso levar em conta que a menos em Calderón não se trata do niilismo, mas do sentimento radical de "criaturidade".

Em "O mundo como vontade e representação" ("Das Welt als Wille und Vorstellung"), Schopenhauer, cuja filosofia costuma ser descrita como pessimista ou niilista - dois pontos de vista afins -, citou os mesmos versos do "Fausto" de Goethe e de "A vida é sonho", de Calderón, bem como versos de Teognis. Schopenhauer julga que toda existêcia "reflete" o impulso irracional e incessante da Vontade. Toda vida é luta, mas a vida humana em particular está eivada de sofrimentos; oscila qual pêndulo entre a dor do desejo (baseado na necessidade ou na carência) e a dor não menos intensa do tédio ou da inanidade (que se vivencia quando se têm satisfeitas todas as necessidades). Todo sentido e propósito é mera ilusão. A pessoa que aspirar à beatitude terá de livrar-se da Vontade, pois vai perceber que a Vontade, a coisa-em-si, é não só a causa do egoísmo e da agressividade humanos como também a raiz de todo o mal em geral. Schopenhauer reiterou que a vida é "um passo em falso", "um erro", "um castigo e uma expiação". A vida é uma dívida contraída quando se nasce (cf. "Welt", suplemento ao Livro IV, cap.XLV). Contestando a objeção de que a eliminação do sofrimento implica a negação da Vontade e, com isso, "o deslizamento rumo a um nada vazio", ele escreveu: "Reconhecemos sem rodeios que, para quem se acha pleno de Vontade o que permanece depois da completa abolição da Vontade é um nada. Mas, inversamente, para quem a Vontade voltou-se sobre si mesma e se autonegou, este nosso mundo, que é tão real, com todos os seus Sóis e suas Vias Lácteas, é um nada" ("Welt", IV, parágrafo 71).

A noção de niilismo desempenha importante papel no pensamento de Nietzsche. Em "A vontade de poder", Nietzsche refere-se ao que denomina "niilismo europeu". De um lado, ele vê avançar por todos os lados "a preamar do niilismo" (na tradução de Ortega y Gasset ["la pleamar del nihilismo"]. Num sentido, o niilismo é uma ameaça, por ser o ponto último de um desenvolvimento histórico sem saída. Noutro sentido, cabe considerar niilista a interpretação da existêcia humana e do mundo proporcionada pela Europa cristã e pela Europa moderna, tanto no campo moral como no metafísico. Essa interpretação nega os autênticos valores superiores da força, da espontaneidade, da condição de "super-homem", em benefícios dos supostos valores da eqüidade, da humildade etc. Pode-se falar assim de um niilismo "ruim", que é o niilismo passivo da tradição moral e metafísica. Mas pode-se falar igualmente de um niilismo "bom", que é mais adequado qualificar como niilismo "autêntico". Trata-se de um niilismo ativo que consiste justamente em destruir o sistema de valores do niilismo passivo tradicional. O niilismo dos "espíritos fortes" leva a termo o niilismo débil do pessimismo, do historicismo, do empenho de tudo compreender, da idéia de que tudo é vão.

O tema nietzschiano do niilismo foi retomado por Heidegger, ao tratar da destruição da metafísica ocidental e mesmo de toda metafísica como um "acontecimento". Atitudes niilistas se exprimiram em outros autores, como Georges Bataille e, sobretudo, E.M.Cioran, que desenvolveu a idéia da "decomposição". Fala-se ainda de niilismo com relação a Sartre, visto que ele empregou a noção de "aniquilação" (ou "nadificação") tanto em suas pesquisas sobre o imaginário como em sua descrição do "para si". Contudo, quanto a esse último ponto deve-se ter presente que a "aniquilação" e as correspondentes "negatividades" ("négatités") são "niilismo" apenas do ponto de vista do "em si". O niilismo sartriano tem pouco a ver com o niilismo em quaisquer dos sentidos antes assinalados.

Interessante na história do niilismo moderno é o niilismo russo, que tem em parte raízes psicológicas, sociais e religiosas. Uma expressão radical do niilismo é personificada por Bakunin, que afirmava que só a destruição é criadora. Mas a fórmula mais radical desse niilismo talvez esteja em Dimitri Ivanovich Pisarev, que escreveu: "Tudo o que pode quebrar-se há de quebrar-se; o que suportar o golpe será bom; o que se rachar será bom para o lixo. Seja como for, é preciso golpear a torto e a direito: disso não pode resultar nada ruim".

Uma forma de niilismo filosoficamente interessante é o chamado "budismo niilista" ou "niilismo budista" na expressão que lhe deu Nagarjuna no século II d.C. Nagarjuna propôs uma interpretação "justa" ou "média", "Madhyamika", de Buda, que consiste em negar toda alternativa a dada posição e em negar essa negação. Assim, Nagarjuna destacou as contradições em que cai toda afirmação de qualquer (suposta) realidade; se se afirma que uma realidade está relacionada com outra, deve-se dilucidar a natureza dessa relação, mas não há relação se as realidades forem distintas; e se há relação então há apenas uma realidade, da qual nada se pode predicar e com a qual nenhuma outra realidade pode relacionar-se.

[Verbete retirado integralmente do Dicionário de Filosofia Ferrater Mora.]

Didi disse...

Então, vejo que se faz necessário cunhar um novo conceito niilista para que possa me enquadrar.
Chamarei de niilismo objetivista? aURUEHAuea
Brincadeiras a parte, meu niilismo começa e termina na pergunta 'Há sentido para vida?'.Considero-me totalmente niilista em relação a esta dura realidade... No mais, tudo é consequência!

Thiago disse...

é... parece que a próxima edição do dicionário deverá conter uma pequena extensão "ad hoc"...

Thiago disse...

qual é a verdade da árvore? dar frutos?... ser frondosa?... qual é a verdade da árvore?

B.M.A. disse...

"qual é a verdade da árvore? dar frutos?... ser frondosa?... qual é a verdade da árvore?"

Bom, se tal comentário foi feito em virtude da afirmação "meu niilismo começa e termina na pergunta 'Há sentido para vida?'" numa tentativa de sarcasmo para com a exclusividade da pergunta, devo informá-lo que a árvore constitui um organismo vivo - e essa é uma discussão terminada uma vez que o conceito de vida já é bastante problemático.

É verdade que muitas (lembrando que aqui não há generalização alguma) pessoas se dizem adeptos a alguma ideologia, teologia ou corrente filosófica sem saber exatamente do que se tratam ousem conhecer todas as suas extensões e peculiaridades. PODE não ser correto porém, discutir tal fato uma vez que os conceitos podem ser circulares, duvidosos e até paradoxais e a história ao redor deles ainda mais duvidosa e provavelmente muito modificada.

O que há de errado em viver sem dizer-se membro de alguma seita, ou pensamento coletivo... tais coisas são repletas de dúvidas e erros, em alguma parte de suas definições ou suas histórias. Poderíamos contudo nos dizermos parcialmente adeptos à tal linha de pensamento, ou nos dizermos adeptos tendo como "ser adepto" uma significação intrínseca de parcialidade. Isso nos livraria de discussões sobre esses pensamentos, que são, na sua maioria de vezes, generalizados e tem, quase que totalmente, seus significados insultados.
Acredito que não haja um só ser cujo pensamento profundo e/ou complexo seja idêntico ao outro, os taxamos iguais para simples uso prático, mas estamos aí, na verdade, apenas o enquadrando em uma categoria. O erro está no entendimento de "os taxamos iguais para simples uso prático" ao pé-da-letra.

Unknown disse...

Olá, tudo bem? Eu tenho um trabalho de filosofia sobre a plurivocidade da verdade no filme Blade Runner. eu penso que estes dois temas estão relacionados através das memórias dos replicantes. Qual é a sua opinião?
Parabéns pelo seu blog :)

DAN HERMAN disse...

Atualmente, especialmente em departamentos universitários de FILOSOFIA, existem muitos “PÓS-MODERNISTAS” DA MODA cuja crença é a de que NÃO EXISTE FINALIDADE NA VIDA HUMANA.

Nas palestras e entrevistas, nos artigos e livros de psiquiatras e psicólogos que são religiosos OU ATEÍSTAS CÉTICOS RADICAIS, o que se ouve ou ler é sempre a mesma história, o mesmo discurso: não há nenhuma “EVIDÊNCIA CIENTÍFICA” de que a vida humana tem alguma finalidade. Portanto, ela é inexistente, sendo ilógica ou incognoscível.

As razões que esses profissionais e cientistas apresentam para se tornarem e permanecer ATEÍSTAS E CÉTICOS RADICAIS são superficiais, irracionais e sem integridade intelectual. É glamoroso fazer parte do aristocrático mundo secular. Além do mais, suas motivações foram, e ainda são, um lugar comum entre os intelectuais especialmente cientistas sociais (isso inclui psicologia, filosofia, sociologia, ciência política, direito, antropologia etc.).

Para o estudioso e conhecedor das VERDADES RELATIVAS DE PONTA, é óbvio a omissão dessa turma culta, mas ignorantes dos conhecimentos obtidos nas recentes pesquisas científicas relacionadas ao tema. Este é um fenômeno que vem ocorrendo desde o meado do século passado.

O SER HUMANO ESTÁ ATADO APENAS POR SUA IGNORÂNCIA SOBRE A REAL FINALIDADE DA VIDA HUMANA E SOBRE O DESCONHECIMENTO DAS CAUSAS E DOS EFEITOS DOS ACONTECIMENTOS SOCIAIS.

No PARADIGMA FISICALISTA-MATERIALISTA, a FINALIDADE DA VIDA HUMANA é basicamente a autoperpetuação instintiva da cultura e da estrutura familiar: nascer, crescer, escolher uma boa profissão, ganhar autonomia financeira, ter uma vida confortável, casar, ter filhos e se aposentar.

SERÁ QUE A VIDA HUMANA SE RESUME A SÓ ISSO? SERÁ QUE É POSSÍVEL RESPONDER A ESTE QUESTIONAMENTO PURAMENTE DENTRO DO REINO DA CIÊNCIA, DE MODO TÉCNICO SEM INVOCAR QUALQUER SER DIVINO?

Quando o indivíduo descobre (de modo técnico, sob a luz da ciência) qual a VERDADEIRA FINALIDADE DA VIDA HUMANA é praticamente impossível ser uma pessoa usurária, egoísta, racista ou se envolver com qualquer tipo de fanatismo, especialmente o religioso?

SE 50% DA HUMANIDADE APRENDESSE E PRATICASSE A SABEDORIA DA VERDADEIRA FINALIDADE DA VIDA HUMANA, VEJA SÓ O QUE ACONTECERIA:

1º - O mundo mudaria de forma tão radical que, em geral, o que chamamos de “ESTUPIDEZ” e até uma grande parte do que consideramos como “INSANIDADE” poderia desaparecer.

2º. - Os problemas “INTRATÁVEIS” de guerra, pobreza e injustiça social de repente pareceriam bem mais próximos de uma solução.

3º. - TODAS AS MEGAEMPRESAS ECLESIÁSTICAS (SEM EXCEÇÃO!) IRIAM À FALÊNCIA E O FANATISMO RELIGIOSO DESAPARECERIA DA FACE DA TERRA!

Para entender de fato, de modo técnico, sem misticismo religioso, qual A FINALIDADE DA MULTIEXISTÊNCIA E O SENTIDO DA VIDA HUMANA, leia atentamente o artigo disponibilizado em Tópicos Recentes do link https://www.salvesequemsouber.com.br

A Finalidade das Múltiplas Existências e o Sentido da Vida Humana – Estrela Guia News www.estrelaguianews.com.br

Intersubjetivas
Politicamente Incorreto
A Herege